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"As marcas na areia do tempo não foram deixadas por pessoas sentadas"

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

* Primavera *


A Primavera começa essa semana! Uma estação com energia de expansão, em que as flores brotam e os animais saem da toca. É hora de renascimento, desintoxicação e preparação para o verão. No Brasil, nem sempre percebemos com tanta clareza a mudança das estações, especialmente em cidades grandes como São Paulo. Convido vocês a observarem os pequenos sinais da primavera que nos cercam - como o canto dos Sabiás, as Jabuticabeiras, que estão por toda parte, dando frutos maravilhosos e os Ipês que estão florescendo também. Evidências de que a Primavera chegou. Estamos cada vez mais desconectados da natureza e de seus ciclos, vamos tirar um tempo em nosso dia-a-dia para observar e nos re-integrar ao fluxo natural para que possamos nos re-equilibrar com mais facilidade e rapidez. Que outros sinais de que a Primavera chegou, vocês conseguem identificar?



Segundo a Medicina Chinesa, na primavera a energia yang (de expansão) começa a surgir dentro da energia yin (de retração), que esteve no auge durante o inverno. A primavera rege o fígado, órgão responsável pela eliminação de excessos e da desintoxicação, e, com isso, vem o convite para nos alimentarmos de forma mais leve, evitando os excessos do inverno e cuidando de nossos fígados. Quando o fígado está sobrecarregado surge a frustração e raiva, além dos desconfortos físicos como dor de cabeça e problemas com músculos e tendões. Devemos começar a nos movimentar mais - uma forma maravilhosa de auxiliar na eliminação de toxinas - lembrando de tomar um cuidado redobrado com os músculos e tendões (que são regidos pelo meridiano do fígado e estão mais sensíveis durante a primavera) - não vamos esquecer do alongamento e aquecimento antes dos exercícios físicos!



Durante a primavera, sugiro uma limpeza geral - mental, física e espiritual:



Uma desintoxicação alimentar de uma semana, eliminando proteínas animais, laticínios, açúcar, adoçantes artificiais, refrigerantes, refinados em geral, processados em geral, cafeína, álcool e trigo. Podemos comer à vontade: arroz integral, quinoa, outros grãos que não contêm glúten, feijões, frutas frescas, legumes e vegetais frescos, sucos feitos na hora, saladas, castanhas e nozes e agua, muita agua! O fígado agradece!!
Deixar para trás o que não serve mais - roupas, objetos, pensamentos, crenças, rancores, hábitos, abrindo espaço para o novo;
Exercícios físicos moderados;
Focar no que queremos para a vida e começarmos a agir para realizar nossos projetos. A primavera é época de realizações, vamos aproveitar essa energia que está trabalhando à nosso favor.

Texto de:
Cristiana Amaral
Acupunturista e Terapeuta Corporal
Enviado por email.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Agachamento


Consideração importante sobre o agachamento:

"Além de ter uma maior ativação muscular, ele também é um exercício extremamente funcional pois utilizamos movimentos parecidos a todo instante, por exemplo no momento de pegar um objeto no chão. Infelizmente esse excelente exercício não é bem visto por muitos “profissionais”, mas isso se deve ao fato de estarem desatualizados ou mesmo não terem domínio dos princípios que norteiam o treinamento desportivo. Com um treinamento bem elaborado, utilizando devidamente a recuperação e principalmente uma boa técnica de execução, o agachamento pode favorecer indivíduos saudáveis ou mesmo com joelhos lesionados."




por Prof. Bruno Fischer
GEASE - Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercício
www.gease.pro.br
Brasília / DF

Joelho: Lesões, principais formas de tratamento e prevenção


Publicado no site: http://educacaofisica.org/joomla/index.php?Itemid=2&id=166&option=com_content&task=view

Escrito por: Prof. Bruno Fischer

Adaptado por: Renata

Essa articulação é formada pela extremidade distal do fêmur, extremidade proximal da tíbia, patela, ligamentos, meniscos e tendões de músculos que o cruzam. O joelho pode ser lesionado por pancadas, entorse, excesso de uso ou uso inadequado (regiões condrais e tendíneas são as mais acometidas).

Atletas das modalidades que possuem corridas e/ou saltos, geralmente se queixam de dores em algum estágio de suas vidas. Neste texto daremos enfoque às lesões mais comuns: Lesões ligamentares (distensões), tendinite patelar, condromalácia patelar e lesões dos meniscos.

Lesões ligamentares

Existem quatro grandes ligamentos no joelho: Ligamento Cruzado Anterior (LCA), Ligamento Cruzado Posterior (LCP), Ligamento Colateral Medial (LCM) e Ligamento Colateral Lateral (LCL). Dentre os quais a maior incidência de lesões ocorre no LCA e no LCM.

As lesões são classificadas como:

1º Grau - Leve estiramento, com pequena tumefação e sem perda da estabilidade. O ligamento permanece íntegro e após o trauma o indivíduo consegue andar. A dor acontece somente no movimento e, em alguns casos, ao toque.

2º Grau - Estiramento de cerca de 50% das fibras, presença de sinais flogísticos, com grande dificuldade de movimentos, sendo a estabilidade preservada na maioria dos casos.

3º Grau - Estiramento de cerca de 75% das fibras, com presença de hematoma acentuado e perda da estabilidade, com diástese de 10mm.

4º Grau - Ruptura ligamentar total ou avulsão, com rompimento da cápsula e possível ruptura meniscal que consiste em uma lesão grave.

Distensão do ligamento cruzado anterior (LCA)

O mecanismo básico da lesão do LCA envolve a hiperextensão do joelho, mudanças rápidas de direção e em esportes de salto quando não acontece uma aterrissagem firme. Durante a reabilitação deve-se evitar alongamentos agressivos dos isquiotibiais e os exercícios devem ser executados inicialmente com os joelhos ligeiramente flexionados.

Os exercícios de cadeia cinética fechada são mais indicados. O fortalecimento dos isquiotibias é de suma importância, uma vez que eles ajudam na estabilização do joelho. Atualmente a reabilitação desse tipo de lesão tem sido feita utilizando o agachamento como principal exercício, pois durante sua execução não existe forças tensionais significativas no LCA.

Distensão do ligamento colateral medial (LCM)

Geralmente é resultante de uma força externa direcionada ao aspecto lateral do joelho. O tratamento consiste em fortalecer todos os músculos que cruzam a articulação dos joelhos (quadríceps, isquiotibiais, adutores e abdutores) isso após a interrupção do quadro álgico.

Distensão do ligamento cruzado posterior (LCP)

Pouco comum, a hiperextensão do joelho é o mecanismo mais comum dessa lesão, geralmente é ocasionado por trauma direto na região anterior da parte superior da coxa. O tratamento deve-se focalizar o quadríceps com exercícios de cadeia cinética aberta (ex: cadeira extensora).

Tendinite patelar (“joelho do saltador”)

Associada com mais freqüência a atividades repetitivas, ela foi primeiramente descrita em atletas de salto em altura (daí o nome de joelho do saltador).

A dor da tendinite patelar acomete geralmente o polo inferior da patela, ou mais raro, sua borda superior. No tratamento o primeiro passo é a diminuição dos sintomas.
Tratamento com gelo, medicamentos, antiinflamatórios e exercícios isométricos do quadríceps são iniciados imediatamente e continuados até que os sintomas desapareçam.

Condromalácia patelar (“joelho do corredor”)

Lesão da cartilagem patelar devido a degeneração prematura com amolecimento, fibrilação e aspereza dessa estrutura, nas quais, são semelhantes às relacionadas com a osteoartrite.

A dor é descrita como profunda e localizada na região retropatelar e pode ser sentida ao subir e descer escadas, em atividades prolongadas, após ficar muito tempo com os joelhos flexionados e ao agachar-se para pegar um objeto no chão. Em movimentos de flexão dos joelhos a dor é acompanhado de crepitação retropatelar facilmente audível ou sentida com a mão por cima da patela.

A base do tratamento é constituída de exercícios que fortaleçam o quadríceps, principalmente o vasto medial oblíquo. Outro fator importante neste tipo de lesão é o fortalecimento e alongamento dos isquiotibiais, flexores do quadril e abdutores.

Lesões de meniscos

Cada um dos compartimentos laterais e mediais do joelho contém um menisco fibrocartilagíneo em forma de meia-lua e de consistência amolecida. Os meniscos ajudam a aumentar a congruência articular, estabiliza a articulação, absorve choques e limita movimentos anormais, além de ajudar na nutrição articular e na lubrificação da cartilagem. Os atletas de final de semana são os principais candidatos às lesões dos meniscos devido ao condicionamento físico inadequado.

Geralmente o tratamento visa aumentar a força do quadríceps, dos flexores e abdutores do quadril e deve ser combinado com exercícios para alongar os isquiotibiais e panturrilhas.

Terapia com frio e calor como forma de tratamento e prevenção de Lesões

Crioterapia (aplicação de gelo):
Serve para resfriar os tecidos profundos pela vasoconstrição, reduzindo assim as hemorragias.

Os principais efeitos fisiológicos da crioterapia são: Anestesia, redução da dor, redução do espasmo muscular, estimula o relaxamento, redução do metabolismo local, redução da inflamação, redução da circulação com posterior estimulação, redução do edema e quebra do ciclo dor-espasmo-dor.

O gelo não deve ser usado em caso de redução do suprimento sanguíneo (ex: Doença vascular periférica), também é contra indicado no caso de artrite pois, aumenta a rigidez articular.

Termoterapia (aplicação de calor):
tem efeito trófico, promovendo a vasodilatação das arteríolas e capilares melhorando o metabolismo da nutrição dos tecidos, liviando a dor e aumentando a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos, além de diminuir a rigidez da articulação, melhorar os espasmos musculares e aumentando a velocidade e volume circulatório do sangue. Geralmente a terapia com calor é utilizada em lesões crônicas, ao contrário do frio que é utilizado em lesões agudas.

Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, áreas com tumores, sobre os testículos, e sobre o abdômen de gestantes.

Estalos

A articulação pode apresentar estalidos como de vácuo que, geralmente, não tem nenhum significado clínico e são comuns em articulações com hipermobilidade. No caso de dor, os estalidos pode indicar lesão no menisco.